Situação de Aprendizagem
Crônica: Avestruz (Mario Prata)
Público Alvo:
6º ano (Ensino Fundamental - Anos Finais)
Tempo previsto:
De 2 a 6
aulas.
Conteúdos e temas: Traços característicos de crônica narrativa, elementos da narrativa,
comparação entre gêneros
(crônica e sinopse).
Competências e habilidades: Explorar, desenvolver e ampliar as capacidades de
leitura.
Estratégias:
Leitura compartilhada, pesquisa na internet.
Avaliação:
Produção de uma narrativa: Meu animal de estimação.
ANTES DA LEITURA
Desenvolvimento das capacidades de
compreensão
1.
Ativação dos conhecimentos prévios dos alunos.
Antes da leitura do texto
propriamente dito, serão feitas perguntas sobre o assunto da crônica.
a) Vocês têm algum animal de
estimação?
b) Quais animais de estimação
são considerados exóticos?
c) Você conhece um avestruz?
d) Como
você imagina que seja esse animal?
e) Do que se alimenta?
2. Antecipação
ou predição (Levantamento de hipóteses sobre o texto)
1.
Apresentação do título:
Apresentar o título do texto
“AVESTRUZ”, anotar algumas opiniões na lousa.
Através de perguntas,
explorar o título do texto:
O que esse título sugere?
Pelo título, dá para imaginar qual é o assunto
da crônica?
Como será o ambiente onde
ocorre a história?
2.
Informações sobre o autor: Mario Prata
(Essas informações poderão
ser apenas expostas oralmente ou pesquisa )
Biografia
Mario Prata é um escritor,
dramaturgo, jornalista e cronista brasileiro. É natural de Uberaba, Minas
Gerais, mas viveu boa parte da infância e adolescência em Lins, interior de São
Paulo. Em mais de 50 anos de escrita, tem no currículo 3 mil crônicas e cerca
de 80 títulos, entre romances, livros de contos, roteiros e peças teatrais. Na
carreira, recebeu 18 prêmios nacionais e estrangeiros, com obras reconhecidas
no cinema, literatura, teatro e televisão.
DURANTE A LEITURA
3. Checar as hipóteses: Ler a crônica para os alunos,
(cada aluno com sua cópia)
Durante a leitura
compartilhada da crônica, retomar as hipóteses (antecipações) levantadas para
verificar
se elas foram ou não
confirmadas.
“AVESTRUZ”, Mário Prata
O
filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um vestruz.
Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela
me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado
de casa, em Floripa, que o menino conheceu os
avestruzes.
Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. Culpado,
fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz.
E
se entregavam em
domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar
aquilo de ave. O avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de
criar o avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve
ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe
quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha
amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato. Mas eu
estava falando da sua criação
por
Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não
devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas.
Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí,
assustando as demais aves normais. Outra coisa que faltouforam dedos para os
pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor! Depois olhou para
sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois,
Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente, olhou para aquele ser meio
abominável e disse: Struthio camelus stralis. Que é o nome oficial da coisa.
Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha. Pois um
animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro
erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os avestruzes vivem
até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na
menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é
perigosíssima!
Podem
gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga.
Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes
correndo pela sala do apartamento.
Ele
insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia
mais o que fazer.
Foi
quando descobri que eles comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços
de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de
fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E,
se descuidar, um mouse.
Parece
que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco
gaivotas e um urubu.
Pedi
para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho mais o que
fazer do que ser gigolô de avestruz.
4. Localização de informações:
Solicitar que os alunos
grifem as palavras relacionadas ao avestruz:
a) Vocabulário referente
à Avestruz;
b) Descrição e hábitos
da ave.
5. Comparar informações:
Poderão ser feitas algumas
perguntas ou discussões coletivas para estimular o aluno a comparar/contrastar
informações presentes no próprio texto.
6. Produção de inferências
Esse é um momento onde o
aluno poderá também inferir sobre o nome científico da ave ou sobre outras aves
e ou animais, cujos nomes são estranhos para eles.
7. Produção de inferências globais:
Chamar atenção para algumas
pistas presentes no texto. Ex.: repetição da palavra avestruz; a Ironia (o
próprio uso de vocabulário avestruz, uma ave, aquele ser meio abominável,
Struthio, bando de avestruzes, gigolô de avestruz), etc.
DEPOIS DA LEITURA
8. Generalização:
O que o autor pretendeu com
esse texto?
Será que é possível ter um
avestruz como bicho de estimação?
O que o autor defende? Como
eles chegaram a essa conclusão?
9. Comparação e percepção de relações
a) Levar os alunos a sala de
informática, onde deverão pesquisar sinopses de
filmes com animais de
estimação, principalmente animais exóticos.
b) Nesse momento aluno poderá
relacionar a crônica com as sinopses
pesquisadas.
10. Sugestão: Filme
Meu monstro de estimação”
Direção: Jay Russell
O aluno poderá fazer uma
sinopse sobre o filme e comparar com a crônica em estudo.
11. Produção Narrativa:
“Meu animal de estimação”
Cursista: Angélica Maria Francisco Aguiar
Gostei muito Angélica, Parabéns.
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